8.ª Jornada Torneio Complementar: Quinta do Anjo, 14 de abril de 2012
Em jogo a contar para a 8.ª jornada do Torneio Complementar deslocámo-nos Quinta do Anjo, para defrontar a equipa do Quintajense F.C. tendo participado neste jogo os seguintes jogadores: Alexandre Pereira, Bhavik Bassangy, Diogo Nogueira, Diogo Pinto, Duarte Almeida, Eduardo Silva, João Pires, Miguel Lopes, Paulo Silva, Pedro Logrado e Sandro Cruz.
Depois do interregno para celebração da Páscoa voltámos à competição procurando voltar também às vitórias depois da derrota na última jornada, sabendo que não iriamos ter um jogo fácil e isso confirmou-se na prática. Durante a 1.ª parte para além da qualidade da equipa adversária, que defendeu toda no seu meio campo ocupando muito bem os espaços e procurou surpreender-nos em saídas rápidas mas apenas com um ou dois jogadores a sairem e os restantes a manterem o equilibrio defensivo, esteve um vento fortíssimo e as bolas muito leves com que jogámos durante a primeira dificultaram e muito a troca de bola e a criação espaços e situações de finalização. A bola andou quase sempre pelo ar e ao fim de poucos toques estava fora o que levou a que o tempo útil de jogo fosse reduzido. Apenas nos últimos minutos conseguimos criar alguns desequilibrios e construir algumas situações de golo. Ao intervalo aceitava-se perfeitamente o nulo.
Na 2.ª parte a jogar contra o vento e com as nossas bolas procurámos colocar mais velocidade no jogo pois só assim conseguriamos chegar à baliza adversária. Estivemos muito bem a fazer circular a bola, conseguimos por diversas desequilibrar a equipa adversária e conseguimos finalmente ganhar as costas dos adversários criando algumas situações de finalização mas sem conseguir concretizar. Ao arriscarmos mais com os defesas a subir para criar desequilibrios corremos alguns riscos de ser surpreendidos em contra ataques, mas que foram sempre resolvidos com segurança e devido à excelente concentração em jogo do Pedro. No final um resultado pouco usual em jogos de futebol de 7, que permeia a atitude e entrega dos jogadores adversários e que nos faz sair tristes por não ser o resultado pretendido mas do qual devemos sair de cabeça bem levantada conscientes de que demos todos o nosso máximo, procurando fazer o que foi pedido e o que sabemos fazer e quando assim é não há nada a apontar a ninguém. A alegria e a festa feita pelos jogadores adversários no final do jogo, em campo e nos balneários, pelo empate conseguido deve deixar-nos satisfeitos pois é um sinal de reconhecimento da qualidade individual e coletiva da equipa.
Gostaria de deixar aqui um pequeno desabafo que me tem atormentado em alguns jogos e que me faz questionar o que se pretende ensinar às nossas crianças e o que se entende por formação desportiva. Infelizmente são vários os jogos em que à custa de um resultado favorável as reposições de bola demoram uma eternidade, se me custa quando estas situações são feitas pelas crianças, quando são os seccionistas e treinadores a fazê-lo considero-o muito grave. Apregoa-se tanto o fair-play, comparamos tantas vezes a cultura desportiva dos portugueses com os outros países e depois ensinamos às nossas crianças precisamente o que condenamos. Em vez de perder tempo quando o resultado é favorável e andar a correr quando não o é, não deviamos antes ensinar as crianças a gerir os ritmos de jogo com bola, acelerando-o ou acalmando-o consoante o que pretendemos? Não deviamos fazer ver às crianças que devemos procurar sempre ser melhores que o adversário e fazê-lo com o máximo possível de tempo útil de jogo em vez de querer diminui-lo quando nos dá jeito? Deviamos deixar os “tiques” e exemplos do futebol profissional de lado e fazer ver às nossas crianças que esse nível mais do que desporto é um negócio que justifica (???) que o vencer seja o que realmente importa.
No próximo sábado dia 21 de abril recebemos em Brejos de Azeitão a equipa do G.D. Alcochetense, pelas 9h00, em jogo referente à 9.ª jornada.
O treinador: Estêvão Gonçalves
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